A última discussão em 2004 não passou de uma tentativa frustada de alterar a fundo a questão dos direitos dos não fumadores. Agora voltam a fazer um remake com algumas nuances do mesmo, se terá destino diferente e obterá algum sucesso, só o tempo o dirá. Eu pessoalmente como fumador, em processo de transformação em não fumador, concordo com o básico que foi anunciado na comunicação social pelo Ministro da Saúde, Correia de Campos. Na minha opinião à dois grandes óbstáculos neste anteprojecto:
- A pressão do sector da Restauração vai ser forte, visto este anteprojecto, não ser radical a 100% e permitir que se abra excepções que só iriam benefeciar os grandes do sector, porque só esses é que têm capacidade para concretizar as alterações necessárias. ( É entendimento do Governo que fumar deve ser interdito naqueles locais, admitindo apenas a excepção para espaços com mais de cem metros quadrados que poderão criar locais próprios para fumadores, desde que estes sejam inferiores a 30% da área total, não envolvam os balcões, nem a presença de trabalhadores não fumadores).
- As nuances e as discussões por que terá que passar podem fazer com que seja só parcialmente aprovado ou que nem venha a ser aprovado nada do que está agora em discussão, consoante os interesses das forças de bloqueio.
Um aparte, a questão das imagens de cadáveres nos maços não irá alterar em nada o nº de pessoas que deixam de fumar por esse facto; pude constatar isso quando puseram as mensagens. com o passar do tempo habituámo-nos e nem damos por elas escritas nos massos.
Um Abraço,
Pedro Gonçalves.
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3 comentários:
Sou fumador e estou de acordo com o projecto.
Pedro
Olá. Que tudo esteja bem. Obrigado pelos momentos de convívio. Sobre o tabagismo é uma situação identica ao alcoolismo, embora cada uma com as suas consequências. Um abraço
Manuel
Olá Pete.
Não sou fumador, mas também não sou fundamentalista e acho que quando cada um respeita o espaço do outro o assunto está resolvido.
Agora sou muito ceptico em relação às intromissões morais e paternalistas do Estado em relação à liberdade dos individuos. Acho um caminho perigoso.
Eu não fumo mas bebo café. Qualquer dia o pai Estado vem dizer que o café é proibido. Recordo que este tipo de intervenção levado ao extremo levam-nos até ás práticas da ditadura de Mao onde o Estado decretava em nome do partido comunista que só à Sexta-feira os homens e mulheres do partido poderiam ter relações sexuais.
Desconfio sempre deste fundamentalismo de Estado.
abraços
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