Uma pequena olaria vê a sua importância reduzida a cinzas com o aparecimento de um gigantesco centro comercial.Cipriano Algor é o dono da mesma mas recusa-se a aceitar que o negócio de família e também a tradição acabe assim, de um dia para o outro. A olaria dedicava-se à produção de estatuetas para enfeitar, e no fim da história as estatuetas, que não foram vendidas, são colocadas por Cipriano Algor à entrada da olaria.
No fundo esta história é mais uma entre muitas, infelizmente, que nós vemos no nosso dia a dia. Quantas lojas, cafés, mercearias, olarias e tantos outros fecharam porque foram engolidos pelo capitalismo; daí a alusão de José Saramago a uma caverna que nos enclausura.
Um abraço e bom Domingo,
Pedro Gonçalves.
Tags: José Saramago, A Caverna, Olaria.
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9 comentários:
Infelizmente todos esses locais de "culto2 vão todos desaparecendo...
br
Pedro
Eu com a poesia de Júdice e tu com a prosa de Saramago... parece-me bem. ;-)
Beijinho e bom Domingo com... PORTUGAL!
É o preço do progresso.Ilude-se quem pensa que este preço a pagar so fica caro para alguns.Infelismente a medio ou longo prazo, ficará caro para todos.
Parabéns pela escolha da musica.É uma das minhas favoritas dos REM.
Jokas...vou indo que este nosso Portugal começou bem.Ja temos um golito.Agora é rezar ate ao fim.lololol...
infelizmente é cada vez mais comum acontecimentos desses...~
beijinhos
"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade." beijocaaa boa semana
E por falar em Saramago, gostei dessa referência a um dos poucos portugueses famosos que não devem favores a ninguém, e por isso continua a incomodar muita gentalha com os seus comentários, onde a verdade é sempre o mais importante.
Tens muita razão...
sob os meus dedos um sinal de fogo
a labareda que consome a tarde
a geada que se espalha nos cabelos
e como um lenho velho o tempo arde
posso escrever a monografia lenta
do vento nos gemidos de um moinho
a esmagar a semente do tédio
devagar somo se segredasse mistérios
posso evocar o riso adolescente
soltar as tranças do primeiro beijo
tecer grinaldas de leves açucenas
deixar que as pálpebras se fechem
sob o sol dourado do desejo
posso pintar o céu de alazões rubros
despertar vendavais nos nossos dias
posso inventar a síntese do ciúme
a raíz quadrada da inquietude
o almiscarado desejo do teu corpo
lavrar o incêndio último dos corpos
e depois deixar que a neve cubra tudo
do mais branco silêncio...
beijuuuuu :o) pequeninita
Capitalismo exacerbado e dilacerante do império que impregnam continentes e culturas. Facetas do "Status Quó"
Abraços!
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